quarta-feira, 9 de setembro de 2015

2° Dia - Pomerode a Indaial



Neste dia, o caminho escapa do asfalto serpenteando pelos bairros de Wunderwald (no município de Pomerode). O percurso é bem povoado, com muitas casinhas de belos e bem cuidados jardins. A medida que a estrada sobe o morro, ficam para trás as casinhas e aparecem os riachos, passarinhos e muitas árvores. São duas subidas longas no dia, mas não tão íngremes como a do dia anterior e com planos intercalados. Quem tiver disponibilidade de tempo, e pernas, pode subir um dos mais conhecidos pontos turísticos da região, o Morro Azul. Para chegar lá é necessário desviar alguns quilômetros do percurso (cerca de 7 Km de ida e outros 7 Km de volta, pelo mesmo caminho) e encarar uma longa e forte subida, sendo que no último trecho você terá que deixar a bicicleta e subir a pé. Há opção de um camping lá em cima, para quem quiser aumentar um dia de viagem e curtir com calma o maravilhoso visual do topo. Neste segundo dia de pedalada, é necessário atenção principalmente em dois pontos que encontram o asfalto, pois quem vem de uma estrada de terra pode, às vezes, estar distraído. O primeiro é um pequeno trecho de um quilômetro da estrada que liga Pomerode à BR-470. O outro ponto, que exige o máximo de cuidado, é ao cruzar a BR-470, sempre com táfego muito intenso de carros e caminhões.

Fonte: Gia do circuito Vale Europeu.

Distância total: 41,1 Km
Distância total: 50,8 Km
Ascensão total: 520 m
Ascensão total: 881 m
Dificuldade física: 3-5
Dificuldade física: 4-5
Dificuldade técnica 2-5


Marcos:

Pomerode;
Wunderwald;
Mulde;
Indaial.


Você pode ter estranhado a última foto da postagem do primeiro dia, afinal, falamos de dia chuvoso, lama, frio, mas a última foto está linda e maravilhosa: céuzão azul com poucas nuvens, sol, todos nós limpinhos e com sorrisos lindos. Sim. É que a última foto é do segundo dia e a utilizamos para mostrar a pousada que ficamos, pois do jeito que chegamos, não tínhamos condição moral para pensar em foto de chegada (risos). Mas é sério!

Agora, imagina!

Final do primeiro dia de uma viagem de cicloturismo onde você nunca pedalou. Em condições extremamente desfavoráveis a boas previsões climáticas. E só o que você escuta dos locais e também no noticiário da noite é: previsão de tempestade, ventania e frio no sul do Brasil para o dia seguinte.

No mínimo você acorda com medo de colocar a cara na janela pra não se deparar com a constatação. Mas Papai do céu olhou por nós e reservou, não só o próximo, mas todos os outros dias lindos e agradáveis para nós. Dias ideais para a prática do cicloturismo, do jeito que todo cicloturista gosta.

Mas o dia não se resumiu em só maravilhas.

Teve erro de navegação? Teve. E feio!!!

Pois é. Nesse trajeto tinha um opcional: o Parque do Morro Azul. Um apêndice que você vê no mapa acima. Mas o guia é bem categórico em dizer que esse opcional é para quem está com perna; e até mesmo disponibilidade de mais um dia de viagem, pois escolhe-lo é exigência na certa, mas também com recompensa garantida.

E onde foi o erro? O erro foi achar que a calibragem do ciclocomputador com marcações de quilometragens aproximadas atendia a navegação. Não. Definitivamente não atende, pois você não confia totalmente e, 100, 200 metros podem ser determinantes em um circuito de cicloturismo, onde há várias bifurcações e desvios como no circuito do Vale Europeu (VE). Numa dessas, passamos direto no quilômetro 20,6 e entramos à esquerda na próxima opção, que estava razoavelmente próximo. Mas erro de rota é igual a tiro, um pequeno erro no início pode acarretar algumas dezenas de quilômetros à mais no final. E foi o que aconteceu.

Mas vocês não pararam para perguntar? Sim. E aqui vão algumas observações/ dicas para um cicloturista conseguir navegar com informações de locais:
  1. Não pense que todo local sabe sobre o circuito turístico que você está fazendo na terra dele. Na maioria das vezes a organização que montou o circuito não trabalha a divulgação plena do trabalho com a população local. E aí, muitas das vezes, você sabe mais sobre o circuito do que os próprios nativos.
  2. Ao pedir informação de um caminho, não dê a referência da última cidade do circuito do dia, pergunte sobre a próxima cidade/ referência que você tem no seu guia. Os nativos não olham a cidade turisticamente como você. Eles sempre vão te dar o caminho mais próximo, dificilmente te darão a rota turística, se você não explicar o que você está fazendo. Portanto, apresente-se, fale de onde é, mostre o guia que você está usando e o que você está fazendo; e peça a informação, isso vai te ajudar a não sair mais ainda da rota turística.
  3. Tenha o ciclocomputador bem calibrado.
  4. Fique bem atento a cada evento da sua planilha de navegação, principalmente se os eventos forem próximos. Circuitos com várias bifurcações e entradas próximas umas das outras são muito fáceis de errar.
Moral da história. Pegamos parcialmente a parte opcional do circuito. E o pior: a parte que pegamos, foi a mais dura do opcional do Morro Azul, mas não a parte mais bonita. Essa, ficou para trás e, provavelmente, bem pertinho de nós.

Bom. Conseguimos voltar para o circuito através de um ciclista local, que estava treinando, e mais um dia de lições para nós. Afinal, clicloturismo também é isso!

Tá. Nem tanto (com tantas subidas), né Sandra, Maurício, Adriana e Jader? (risos)

E o que ficou de troféu do dia foi poder respondermos ao ciclista local, quando ele peguntou: Vocês subiram lá? Sim. Com alforges? Sim. Todos? Sim. Caraca, parabéns!

Olhamos uns para os outros e pensamos: Pô, a gente é sinistro!!!

Na roda da pizza no hotel Fink não faltou histórias do dia. Cada um com a sua. E Trip Vale Europeu que segue!!!



















 



Informações do Strava (a bateria acabou em meio ao circuito):

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