Quando chegamos em Miguel Burnier - MG em 09 de setembro de 2014, a hora do almoço já estava avançada e o lugar não havia nada senão o trilho de trem, uma pequenina escola fechada e umas poucas casas em um pequeno trecho ao lado do trilho do trem. Nossa fome era monstruosa e a água já estava quase acabando. Encontramos uma senhora na rua e perguntamos a ela se não tinha almoço naquela escola pra nos dar; ela disse que não. Mas prontamente se uniu a vizinha e entrou em contato com uma terceira que provavelmente teria algo para nos oferecer. Segundo elas, "se tivéssemos avisado antes, poderiam ter preparado algo". Depois sozinhos, achamos muita graça disso. "Avisar".
Foi então que nos informaram para seguirmos em frente que "na primeira casa à esquerda na próxima descida", a vizinha teria como nos dar almoço, pois ela estava preparando umas quentinhas para os trabalhadores temporários que estavam fazendo uma manutenção nos trilhos de trem daquele trecho.
Foi então que conhecemos a Graciane com seu filho Cassiano no colo e gravida de 7 meses. Quando perguntei o sexo do bebê, ela me respondeu que não sabia, pois o resultado da ultra geralmente chega depois que o neném nasce.
Ela abriu as portas de sua casa e nos serviu um almoço delicioso. Mas tinha jiló na carne e eu, não como jiló; comi um delicioso ovo frito que ela fez pra mim.
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